domingo, 24 de agosto de 2014

Do Amor (sem fim)

Faz quarta-feira 4 meses que a minha Avó nos deixou. Continuo a contar sempre um prato para ela quando fazemos almoços de família. Continuo a estranhar sempre quando os meus tios chegam para o lanche ao sábado no carro de dois lugares porque penso sempre onde raio vem a avó? Continuo a ter o instinto, ao entrar na nossa casa de família, depois de entrar na cozinha de ir à sala dar-lhe um beijo porque estava lá sempre a ver televisão.

Para minha surpresa, sempre que penso nela não sinto qualquer dor. Só me dá vontade de rir. Quase todos os dias, quando ando nas fotografias do meu telemóvel, aumento a imagem da fotografia que tenho com ela e o meu tio no aniversário dele a 4 de Julho do ano passado e digo Olá Avó e dou-lhe um beijo.

Não fizemos do assunto Avó tabu. Falamos bastante nela e só coisas boas, coisas que nos fazem rir que ela às vezes fazia ou dizia. O Amor é assim, e felizmente ela só nos deixou motivos para sorrirmos quando pensamos nela, nem que seja quando rimos dos disparates das coisas que de vez em quando dizia, fruto da idade.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Da Vida


Hoje quando liguei a televisão a primeira notícia que vi foi a da morte, por suicídio, do famoso actor Robin Williams. Fiquei uns bons 15 minutos a pensar naquilo, em como de facto quem mora no convento é que sabe o que lá vai dentro e como aquilo que esperamos que os outros sintam, atendendo ao que  - supostamente- conseguiram na vida, nem sempre está perto da realidade.

Um actor famoso, provavelmente riquíssimo, com filhos, família e alguns amigos com certeza. Isso, essa riqueza e essa fama, não o afastaram de uma profunda depressão que acabou por cair no pior dos desfechos. Quantas vezes (ontem foi um desses dias) me sinto triste porque o trabalho nem sempre corre como eu quero, porque gerir um negócio próprio é absolutamente cansativo e consome-nos (são 6 dias por semanas, há 3 anos, sem direito a férias), é um stress constante, são contas para pagar dia sim e dia sim, são preocupações sem fim. Mas, depois dessa fase meio depressiva que se me dá de vez em quando, penso que tenho tudo o que preciso para ser feliz: uma família pequena mas maravilhosa, um companheiro que me ama acima de tudo, os meus patudos que só me dão alegrias, uma casa confortável, um carro jeitoso, não me falta absolutamente nada de essencial e vou vivendo, com menos viagens ou mais viagens, menos compras ou mais compras, mais ou menos luxos, mas vou vivendo com tudo o que necessito.

Isso não deveria bastar? A cabeça é um lugar muito complicado.

sábado, 9 de agosto de 2014

6 anos depois...


No dia 7 de Julho, data do nosso sexto aniversário de namoro, fui pedida em casamento. A resposta já era certa e sabida há muito tempo para ambos, foi um sim sorridente e muito descontraído. Depois de respondido, continuamos a passear a cadela no parque da cidade.

Foi um pedido assim, descontraído e feliz, com direito a joelho no chão claro e com a cadela Rosinha ao lado a roer uma maçã verde que lá encontrou nas ervas.

Nunca fui daquelas mulheres com um desejo imenso de casar. Não sonho acordada com o meu dia de casamento. Gostava de me casar, por vários motivos que não interessa aqui discutir, mas a minha prioridade nunca foi essa. Foi sempre ter um carro próprio antes, uma casa própria antes e um filho antes.

Temos um carro, pronto. O resto há-de vir, com mais ou menos tempo, porque já aprendemos que não vale a pena estar a adiar os momentos felizes em busca das condições perfeitas. As condições perfeitas não existem.

Estamos muito felizes, mesmo muito felizes. Estamos numa fase de adaptação a grandes mudanças da nossa vida mas não podia estar a ser melhor do que está a ser. Depois conto-vos.

sábado, 2 de agosto de 2014

Entr'Agosto

Quase 1 mês depois da última publicação, lá me apeteceu escrever qualquer coisa... Felizmente ando com a vida tão preenchida, tão boa apesar das preocupações, numa fase tão feliz, cheia de decisões para o futuro e sobre o futuro, que nem me lembro do blog. Vou sempre lendo outros blogs, afinal estou todo o dia em frente a um computador e essas visitas já viraram rotina, mas como sinto que (para já) não tenho nada para partilhar, remeto-me ao silêncio que se há coisa que me aborrece são posts para encher chouriças.

Já estamos em Agosto, dentro de 4 meses estamos no mês de Natal e a velocidade com que os dias, as semanas e os meses passam é demasiado assustadora. Mesmo.

Para já, Agosto é o mês das festas da minha linda Viana, cheio de eventos, barracas de farturas, passeios nocturnos com a família, diversão e jantares tardios...

Esta semana vai ser uma semana de coisas importantes e felizes a acontecer, quero aproveitar tudo. Espero que para vocês também!